segunda-feira, 2 de novembro de 2015

S.Miguel-Uma viagem sensorial aos Açores

Sendo já de uma ilha, nunca tive o desejo de ir até aos Açores. Confesso que não estava na minha wishlist de sítios a visitar. Como sou uma gourmet invertebrada, ouvi falar do Wine in Azores que iria realizar-se em Outubro e então tentei orientar tudo para poder ir ao evento. Marcar férias (check), comprar viagem (done), companhia para a viagem (bingo), estadia (yes!) e...de repente...data do evento alterada. Porém não ia cancelar a ida nem podia alterá-la para ir ao evento por isso, seria ir e ver no que ia dar.
Achei S.Miguel um destino low cost. Bem, também nós só esticávamos o orçamento mais ao jantar pois o pequeno-almoço sustentava-nos e como levávamos snacks no carro, íamos petiscando ao longo do passeio pela ilha.
Alugámos um carro durante toda a estadia para deslocar-nos pela ilha e ficámos num hostel no centro da cidade bem catita e económico chamado Azores Urban Lodge (https://www.facebook.com/Azorean-Urban-Lodge-1513156125583415/?fref=ts). A reserva havia sido feita pelo booking. Apaixonei-me pelas fotos e não fiquei decepcionada à chegada ao espaço. O edifício foi recuperado e as suas arcadas em pedra, a arquitectura e decoração estão bem conseguidos. Penso que tudo deve-se em parte ao nosso anfitrião Miguel que é arquitecto mas que embarcou nesta aventura do hostel com a Rita. Além de atencioso e super simpático, o Miguel fez-nos um mimo que foi a nossa bíblia sagrada durante as mini férias: deu-nos um mapa da ilha de S.Miguel com imensas sugestões manuscritas com a sua letra dos sítios a visitar e restaurantes a não perder. Posso dizer que fomos a todos os sítios e, Miguel posso dizer que são nota 10 todas as tuas sugestões! Além desse mapa ainda deu-nos outro guia só da cidade com o título:"Ponta Delgada para curiosos" que levou-nos aos restaurantes mais cool da cidade.
Nesse dia seguimos logo a sugestão mais próxima do hostel e fomos jantar uma magnífica pizza de cogumelos e trufas na Forneria São Dinis (https://www.facebook.com/forneriasaodinis/?fref=ts) com vista para o mar. Aqui a comida é feita em forno a lenha.
S.Roque

O plano estratégico seria seguir os spots que o Miguel sugeria no mapa da ilha e como tal no dia seguinte ao acordar, metemo-nos no carro e seguimos viagem junto à costa em direcção ás furnas fazendo umas paragens pelo caminho para fotografar a bela paisagem micaelense. 
Ermida Nossa Senhora da Paz

Vista sobre Vila Franca do Campo
A caminho das Furnas parámos para o pequeno-almoço em S.Roque e por 1,50 euros bebemos uma meia de leite (chinesa) e um croissant com queijo. Parámos na Ermida de Nossa Senhora da Paz com uma vista fantástica para Vila Franca do Campo e continuámos para Caloura, uma pequena vila piscatória.



O outono aqui tem 50 ou mais tons de verde e para os fãs da natureza, do ar puro, da paz de espírito e para quem precise apenas desligar-se de todo o stress do dia-a-dia é a melhor altura para cá estar. Esta viagem foi feita com uma grande amiga minha que também estava na mesma frequência chillout&zen por isso digo que apesar de ser um destino para todos, nem todos podem gostar de tanta calma e chillout.
E como estávamos na onda para relaxar fomos para as águas termais da Poça da D.Beija. Por apenas 3 euros um momento de puro relaxamento...mesmo com chuviscos!Antes disso uma paragem na lagoa.

A chegada à Lagoa das Furnas é mesmo sensorial. O cheiro a enxofre que vem das entranhas da terra entorpece os sentidos e demora um pouco para abstrair-nos do odor que se abate por todo o espaço. A beleza supera sem dúvida o mau cheiro mas é para corajosos. Não provámos o famoso cozido das Furnas mas fica para uma próxima visita à ilha sem dúvida alguma.


 Após o banho de imersão nas águas termais, o apetite aguçou. Abrimos o mapa e continuámos a viagem junto à costa através de outra sugestão do Miguel. Fomos para o Restaurante Costaneira e pedimos um Bife de Atum (albacora) com Molho de Vilão e uma garrafa de vinho branco açoriano (Frei Gigante). Ainda fizemos um pequeno percurso pedestre.

O Nordeste foi bem agreste. O mau tempo fez das suas e a passagem nas estradas foi turbulenta devido ao mau estado das mesmas por causa de derrocadas. Para dificultar a viagem, começou a chuva e o nevoeiro e resolvemos regressar a Ponta Delgada.

Nessa noite após reserva antecipada fomos jantar à Tasca. Um restaurante de bons petiscos e vinhos bem frequentado e mexido. É mesmo necessário reservar!No andar superior costuma haver música ao vivo.

No sábado acordámos e retomámos a viagem. O objectivo do dia seria visitar Sete Cidades e continuar a ver a costa Norte junto ao litoral. Chamou-nos a atenção um apontamento do Miguel sobre a Praia de Santa Bárbara a dizer :Praia de surf, pôr-do-sol fantástico, bons wraps" e lá fomos almoçar ao bar de praia TukáTulá. Fica a vontade de regressar com o clima mais quente.
Sete Cidades
Paragem pelas plantações de chá da Gorreana. E depois a ida ás lagoas do Fogo e das Sete Cidades.
O dia proporcionou uma vista fantástica das lagoas. A noite já caía quando regressámos à cidade.

O domingo foi o dia de regressar com mais calma a alguns dos sítios que já tínhamos passado e de nos perdermos dentro das povoações à procura de outra das sugestões do Miguel: o melhor bife da ilha. A sugestão era ir ao Restaurante da Associação Agrícola de S.Miguel e ao fim de umas voltas em rotundas e becos sem saída e de inversões de marcha na Ribeira Grande e sei lá mais onde, demos com o sítio sob uma chuva e vento que nos fez correr para o interior do restaurante de cabelos desgrenhados e geladas. O bife fez jus ao nome. Pedi um Bife à chef e a minha amiga 1/2 bife à Associação. Digo desde já que são bifes para corajosos pois assim que vi o 1/2 bife fiquei de estômago cheio mesmo antes de ver o meu mega bife. Esta é realmente a Terra das Vacas Felizes...a carne aqui tem outro sabor e qual melhor sítio do que este em que a carne vem directamente do pasto?Escusado será dizer que nem jantámos nesse dia.
Parque Terra Nostra

A segunda feira chegou e com ela o último dia das mini férias. Decidimos regressar ás Furnas para visitar o Parque Terra Nostra e à Lagoa para uma caminhada na Natureza. Após entregarmos o carro aproveitámos para as compras dos souvenirs pela cidade e logo que anoiteceu fomos redimir-nos do bife do dia anterior e optámos pelo vegetariano. Fomos jantar ao Rotas, mesmo no centro de Ponta Delgada. Um restaurante só de comida vegetariana que também tinha sido reservado com antecedência. É um restaurante com um espaço pequeno, com boa musica ambiente e com comida deliciosa. Vale a pena experimentar!
De regresso ao hostel fizemos as malas com um misto de tristeza e dever cumprido. Um último chá junto à piscina e fomos descansar.

De manhã bem cedo, saímos do hostel e depositamos a chave na caixa de correio. Aquele baque surdo na caixa vazia fez estrondo dentro de nós. Até breve S.Miguel!!! Obrigada Miguel pelo mapa, pela troca de sugestões sobre a Madeira e sobre os Açores, pela simpatia e atenção e obrigada à senhora das Furnas que nos deu boleia para o Aeroporto sem pedirmos e sem pedir-nos nada em troca, apenas umas palavras calorosas sobre como a sua ilha é linda e como a nossa não fica atrás. Nem lhe perguntámos o nome mas quem sabe nos cruzemos de novo por S.Miguel...ou na Madeira.




domingo, 22 de fevereiro de 2015

A febre do Wine Bar

Aqui na ilha não havia nada de espaços denominados de «wine bar» até que de repente houve um boom de espaços comerciais deste género a abrir.
Não tenho nada contra mas ao menos que se tenha qualidade de serviço e de produtos.
É a febre, a moda dos vinhos? Oiço falar de gin clubs também . O tempo separará o trigo do joio e apenas alguns irão destacar-se e aguentar. Preços apelativos no vinho a copo, tapas a acompanhar, produtos que mais ninguém tem (principalmente o supermercado!), bons copos, ambiente agradável e acima de tudo um serviço de excelência. Temperatura de serviço do vinho, recomendações do staff quanto aos vinhos e ás harmonizações e uma boa dose de humildade e simpatia nunca deixam ninguém ficar mal. Mistura-se tudo com uma pitada de bom senso e deixa-se marinar. Esta receita não é infalível mas tem boas probabilidades de que lá dentro do forno cresça um bom negócio de vinhos a copo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Leonardo da Vinci - O pai das regras de etiqueta á mesa

Reza a história que no tempo de Leonardo Da Vinci não haviam estas modernices de sala de jantar e talheres mas Leonardo era um amante da boa comida, do bom vinho e da higiene pessoal.
Quando a fome apertava, os senhores e os seus convidados comiam onde quer que estivessem. Á hora da refeição, os criados traziam uns cavaletes e umas tábuas, que faziam de mesa, e, por cima da mesma, colocavam uma manta grossa que servia para tapar a mesa e para também limparem as suas mãos já que  tudo era comido á mão (blarghhh que limpinhos!). Da Vinci, encarregue pelo seu amo, Ludovico Sforza, de organizar a «mesa», mandou colocar numa das divisões do palácio uma mesa bonita e cadeiras a condizer em seu redor. 

Assim passou a estar a «mesa posta» sempre no mesmo sítio embora hoje em dia ainda usemos a expressão «ir pôr a mesa».
Leonardo ensinou ainda aos comensais a não colocar a mão toda na travessa quando se serviam, apenas a ponta dos dedos. E como era costume cortar-se a carne com as suas próprias facas, Da Vinci introduziu outras, todas iguais e menos perigosas. Como as facas também eram limpas na tal manta que cobria a mesa, achando tudo muito sujo, lá inventou o guardanapo e, com ele, uma máquina rotativa de lavar guardanapos.
Vinhos magníficos vindos de toda a Itália eram servidos por Da Vinci e no final apresentava aos convidados iguarias doces. Para servir as iguarias, ordenava que retirassem a tal manta grossa para que os doces fossem servidos directamente «sobre (a) mesa».
Estes foram os primórdios dos procedimentos á mesa da refeição. Hoje em dia com mais umas tantas regras para que tudo decorra na perfeição.
Á mesa celebramos datas, desabafamos preocupações, desfiamos histórias. Fazemo-lo em família, com amigos ou com a nossa cara metade. Á mesa partilhamos momentos com quem mais gostamos. Os portugueses durante as suas viagens adoptaram muitas coisas que foram observando nas outras terras. Hoje em dia, o vinho faz parte da refeição para celebrar apenas o simples facto de estarmos juntos.
Sobre a forma de dispor a mesa há regras básicas para um serviço perfeito.

*Coloque o prato de sopa por cima do raso, a cerca de dois dedos do rebordo da mesa. 
*O guardanapo fica disposto á esquerda ou á direita dos pratos.
*Os talheres são dispostos ao lado ou acima do prato, sendo a sua ordem de uso de fora para dentro. A lógica é que o talher que está por fora será o primeiro a ser usado.
*Os garfos ficam do lado esquerdo, o de peixe no exterior e o de carne no interior.
*Do lado direito são colocadas as facas e a colher: junto ao prato a de carne, depois a do peixe, por fim a colher de sopa.
*O prato do pão deve ficar acima do lado esquerdo, com uma faca por cima (para a manteiga), com o cabo virado para a direita.
*Acima do prato, para a sobremesa, a ordem deve ser: primeiro a colher com o cabo voltado para a direita, segundo o garfo com o cabo voltado para a esquerda, e por fim a faca com o cabo voltado para a direita.
*Os copos devem estar dispostos acima do lado direito, pela seguinte ordem: copo de água (o maior), copo de vinho tinto, copo de vinho branco (o menor).
*Todos os pratos devem ser retirados na altura da sobremesa.


Ao longo dos anos houve situações em que fiquei atrapalhada por não saber o que fazer. Algumas dessas situações resolvi ao observar os outros, noutras foi apenas o bom senso. Por isso é sempre bom saber:

*Para retirar algo da boca, feche a mão como se fosse uma concha, retire o pedaço de comida com a outra mão e, discretamente, coloque na beira do prato.
*Quando lhe pedirem um talher, segure-o pelo cabo.
*Coloque o guardanapo sempre sobre as pernas, no final da refeição coloca-se sobre a mesa, sem ser dobrado.
*Comece a comer apenas quando todos estiverem em condições de o fazer.
*Antes de beber algo, ou depois de colocar a comida na boca, limpe sempre a boca no guardanapo.
*Não se deve afastar o prato quando se acaba de comer.
*Não apoie os cotovelos sobre a mesa.
*Não use palito de dentes.
*Se houver uma comida de que não goste ou não quer arriscar, não a recuse; sirva-se de uma porção mínima, coma o que puder e deixe o resto no prato, ou seja, disfarce.
*Se deixou cair comida no chão: se for coisa pequena, limpe discretamente com o guardanapo e deixe assim mesmo. Em caso de desastre maior como deixar cair a sopa inteira, peça licença a todos e vá limpar-se na casa-de-banho. E não fuja de vergonha.
*Se cair alguma coisa, como talheres, não se debruce para o apanhar. Peça outro discretamente, pois dessa maneira muitos convidados nem irão perceber.
*As azeitonas comem-se com a mão, devolvendo o caroço à mão em forma de concha. Quando a azeitona fizer parte do prato que foi servido, você devolverá o caroço no garfo, mas em ambos os casos você depositará o caroço no canto do prato.
*Na hora de comer o seu pedacinho de pão à mesa, saiba que não poderá cortá-lo com a faca e sim com a ajuda das mãos.
*O comsommé é servido num recipiente que tem duas alças parecido com uma chávena. A forma correcta de comer o comsommé é com o auxílio da colher de sopa.
*Não se deve comer frango com as mãos, por mais descontraída que seja a ocasião. Se o frango estiver a ser servido à mesa, coma-o com garfo e faca, mas para não deixar outras pessoas constrangidas poderá segurá-lo com as mãos, protegendo-as com um guardanapo de papel.
Como em tudo, haja bom senso. Desfrute da refeição e da companhia pois cada situação é adaptada conforme o nível de formalidade e intimidade entre os convidados.  


 



sábado, 7 de fevereiro de 2015

A arte de bem receber



Receber a  família ou os amigos com requinte, requer uma dose de coração grande e uns truques e dicas para que tudo seja um verdadeiro sucesso.
A informalidade que a amizade permite não deve retirar empenho e dedicação na hora de receber os amigos em sua casa. Se a ocasião foi planeada, prepare um ambiente agradável e preparando coisas que sabe ser do agrado dos convidados e peça para que contribuam com as sobremesas ou entradas. Se for uma visita surpresa (algo aceitável quando há um certo nível de intimidade), convide-os para a sua cozinha e, em conjunto, improvisem algo. Os pratos de massa preparam-se rapidamente e sushi pode ser encomendado se forem apreciadores. Se é para verem um jogo de futebol há que preparar petiscos em quantidade e variados que não impliquem o uso de talheres.Ex: pão com chouriço, pastéis, croquetes, chamuças, patês com tostas, presunto e claro...cerveja.Ou algo com mais classe...vinho. 
As reuniões familiares permitem o encontro de várias gerações. Aproveite para colocar sobre a mesa peças que tenham sido oferecidas pelos convidados ou que tenham uma história engraçada de outros convívios familiares. Nesta ocasião há um prato principal que se destaca no centro da mesa e cada um desempenha a sua função. O pai corta a carne, o tio serve o vinho, a avó aquela sobremesa que nós tanto gostamos e que não pode faltar!São refeições «confort food» que nos fazem recuar no tempo e ficar com um sentimento de nostalgia. Na mesa desfilam as histórias de todos os outros momentos e o tempo, esse vilão, pára.
Quando a família é numerosa são esperadas horas na cozinha. As festa são direccionadas para o familiar com uma casa cujas condições permitem albergar tanta gente reunida no mesmo espaço mas não quer dizer que o anfitrião fique sobrecarregado com tanto trabalho. O bom senso recomenda partilhar tarefas e despesas.
Por vezes a melhor opção é um jantar  volante, onde não é necessário recorrer ao uso de facas.
Como trata-se de pessoas que se conhecem, sabemos quem tem jeito para o quê. Além do fondue de queijo da tia que é de comer e chorar por mais, do bolo de chocolate da prima que desfaz-se na boca, dos vinhos surpresa que o tio traz sempre há sempre oportunidade para apresentar algo novo.
Recomendações básicas:
*Ponha a mesa de véspera com calma. 
*Evite dar um ar de quem anda muito atarefada pois se tiver tudo planeado antecipadamente terá tempo para desfrutar do momento e não terá que permanecer muito tempo na cozinha.
*Receba os convidados com aperitivos mas não exagere nas quantidades pois pode correr o risco de comprometer a refeição principal.
*Desligue o televisor opte por uma música ambiente moderada.
*Deixe lá a loiça para mais tarde quando todos tiverem ido embora! Não há maior «turn off» que começar as limpezas com os convidados em casa.
O importante é desfrutar o momento, a família, a comida e o vinho.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

«Be my Valentine»

Os apaixonados anseiam, uns com alegria outros bem depressivos e desejando ardentemente que o S.Valentim passe despercebido. É a correria ás lojas de flores, ás prateleiras dos chocolates e ás tentativas de reservar uma mesa num restaurante. Eu prefiro algo bem mais prático e simples: uma refeição preparada com carinho pelos dois em casa e a partilha de um bom vinho do ano que começámos a nossa aventura romântica (ainda por cima foi em excelente ano para os vinhos portugueses o que também ajuda na escolha).
Se querem surpreender a vossa cara-metade, ofereçam-lhe um bom vinho tinto (é a cor do amor!vá lá!). Para as senhoras que afirmam só beber vinho branco ou até aquelas que vinho só para molhos, a tarefa é mais...desafiante. Nós não resistimos a coisas doces (falo como convertida em amante do vinho e mulher) por isso tem de escolher um vinho bem frutado, com taninos suaves e aromático ( é o gosto por perfumes que virá ao de cima). Um vinho tinto do Douro ou um Alentejo são mais fáceis de acertar. Touriga Nacional é fácil de gostar, ou um vinho com Aragonês. Frutos vermelhos compotados e taninos sedosos é o que procura. Se não quer arriscar num tinto, escolha um branco. Os vinhos verdes são surpreendentes e fáceis de gostar. Escolha um Alvarinho, não ficará mal. O Arinto de Lisboa e Tejo é fresco e aromático, do Alentejo é mais guloso. Da Península de Setúbal pode escolher um branco com Fernão Pires e Moscatel.
Se quer surpreender, ofereça um Vinho Madeira doce, um Porto LBV, um Moscatel Roxo de Setúbal ou uma Colheita Tardia. Tudo coisas doces e irresistíveis.
Mas se lhe apetece ser mais atrevido e ir buscar um vinho estrangeiro, aconselho fazê-lo nas garrafeiras especializadas e não no supermercado. Um Pinot Grigio ou Pinot Gris e Sauvignon Blanc do Novo Mundo são a minha sugestão para os vinhos brancos. Vinhos aromáticos e «straight to the point» para quem quer começar a gostar destas coisas. Nos tintos escolha Cabernet Sauvignon de um clima quente pois terá aromas mais compotados e apelativos.
Sugiro um bom espumante português e se a carteira der para mais um pouco vá lá, compre um Champagne.
Neste dia o importante é a partilha, o carinho e o dizer simplesmente: Eu amo-te!
Tenha atenção á comida também, siga o seu instinto. Ingredientes vermelhos apelam a tintos, ingredientes verdes e amarelos aos brancos. Coisas picantes pedem vinhos pouco alcoólicos e frutados ou florais. Coisas doces precisam de vinhos tão ou mais doces. Comida pesada necessita de vinhos com estrutura para harmonizar e comida leve, vinhos frescos e novos.
Para as senhoras que querem surpreender a sua cara metade ofereçam qualquer vinho que ele ande a «namorar». Os homens são bem mais fáceis de agradar não é verdade?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Uma farmácia antiga transformada


No centro da bela vila da Ponta do Sol há uns tesouros escondidos. 

Por vezes, nós ilhéus sentimos o peso da rotina e da pouca oferta e queremos algo novo.
Noto um retorno ao passado que nos aconchega. 
Aquele bolo da avó, os bancos da casa antiga, a música da rádio.
Se não sabe onde ir e está farto de ir aos mesmos lugares, vá um pouco mais longe até á Ponta do Sol.

Na ruela atrás do Hotel da Vila está a The Old Pharmacy.
Encontrará uns "medicamentos" para a alma.
Recomendo as tostas, um bom copo de vinho ou até um chá com um delicioso brownie a acompanhar.
Ainda pode adquirir produtos artesanais tradicionais em cortiça, chocolates, e broas...uma perdição que vale a pena a viagem!


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sapori di Napoli Restaurant (Santa Cruz Shopping)





I love Italian food...I should say...I love food...all sorts of food but specially the italian one. This is one of my favourite ones:  Gnocchi al 4 Fromaggio and I always ask for some tomato sauce separate to pour on top of this amazing and conforting dish. Sapori di Napoli is my favourite restaurant at Madeira and the best part is that is near to my house...oh indeed its food is so good!!!I love the pizzas, the lasagne and the pastas...the tiramisu...Its a cozy place to be.The service is very pleasant and have I said good?yes it really is a redundacy but in fact its the perfect word to describe it. It might be just my palate but its my "place".I never got disapointed with it and I always smile when I get there or even when I just say to someone: "Just lets go to the Italian near my house!" and they say:"Yes!!!" So its not just me is it?
Here is another suggestion for you food lovers. Ahh and the prices? Less than 15 euros you can eat a good (yes I repeat it the times I want!) pasta, a drink, a desert and coffee all together.
La dolce vita...